O tema norteador baseado na Lei 10. 639 teve como escolha as máscaras por elas serem carregadas de valores e intenções e por aproximar o universo africano à realidade da educação brasileira. "A produção de máscaras é utilizada em toda África e a a sua função não é estética e sim a de transmitir e a preservar o seu conhecimento ancestral e seus valores", explica a professora Luisa.
A partir dessa provocação, os professores colocaram a mão na massa e foram construir suas obras. Cola, tinta, tesoura, papel, material reciclável e muita criatividade. Como resultado, máscaras que expressam a necessidade e a importância do professor, com as cabeças enormes, - para traduzir inteligência; bocas grandes para que nunca se calem diante de injustiças e ouvidos bem desenhados, ressaltado a importância da escuta.
Para chegar a esse formato de planejamento o professores de artes visuais se debruçaram em diversas fontes de pesquisa até identificar a melhor forma de abordar a temática e a ferramenta adequada. "Pesquisamos em vários livros de história da arte, em especial história da arte africana, assistimos alguns vídeos e lemos artigos acadêmicos", explica o professor Sévani.
O planejamento dos professores do CEART buscou atender a reflexão sobre a Lei, trazendo elementos da realidade africana, provocar discussões sobre valores, sensações, sentimentos e proporcionar felicidade. "No fim da atividade, eles puderam perceber o seu potencial, uma vez que os trabalhos tiveram resultados riquissimos. Eles se sentiram felizes ao perceber do que são capazes e esse sentimento eles também podem provocar em seus alunos", finaliza a professora Luisa Cristina.
A expectativa do CEART agora é que os professores consigam, a partir dessa experiência, refletir sobre uma metodologia que possa ser aplicada também em sala de aula.
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